Com a evolução da gestão empresarial, a inovação e o marketing extrapolaram seus limites e tornaram-se mecanismos para que a empresa justifique seu verdadeiro motivo de existir e passe a dialogar com a sociedade, em busca de um desenvolvimento sustentável. Essa visão tem ganhado forma na última década no Brasil com base em experiências consolidadas em países desenvolvidos.Tanto é que assistimos a uma movimentação intensa das grandes corporações em busca de um posicionamento na sociedade, na tentativa de mostrar que estão sintonizadas com os valores, necessidades e desejos de seu público-alvo. Desconsiderando os casos de puro oportunismo, é preciso reconhecer que está havendo de fato uma mudança drástica de conduta que merece nosso reconhecimento.
É um avanço importante em relação ao velho conceito de marketing, fundamentado apenas na venda. Bem como extrapola a visão de inovação como restrita à tecnologia. Peter Drucker, grande pensador do mundo corporativo, é um dos responsáveis por essa mudança estratégica. Ele gostava de apontar a inovação social como sendo mais importante do que a inovação tecnológica e econômica, por exigir o exercício permanente de diálogo da empresa com a sociedade, onde estão seus clientes.
A base desse movimento está em um novo patamar alcançado pelo conceito de administração. Para Drucker, administrar é desenvolver o ser humano, identificar habilidades e potencializar sua aplicação em benefício de todos. Ou seja, em busca de qualidade de vida, de bem-estar social. Em síntese, é o uso do marketing em sua concepção madura com inovação social. O resultado financeiro da empresa é consequência desse trabalho.
A base desse movimento está em um novo patamar alcançado pelo conceito de administração. Para Drucker, administrar é desenvolver o ser humano, identificar habilidades e potencializar sua aplicação em benefício de todos. Ou seja, em busca de qualidade de vida, de bem-estar social. Em síntese, é o uso do marketing em sua concepção madura com inovação social. O resultado financeiro da empresa é consequência desse trabalho.
Claro que uma empresa não sobrevive sem ser lucrativa. Mas só a lucratividade não faz uma grande empresa e não garante sua longevidade.
No Brasil, as grandes corporações têm dado um passo importante em direção à inovação social. Muitas delas criaram suas próprias fundações para desenvolver trabalhos com a comunidade. Só para citar algumas, a Fundação Kraft Foods (empresa de alimentos) desenvolve parcerias com municípios para orientar crianças carentes e seus familiares sobre alimentação, saúde e sustentabilidade.
A Fundação Votorantim também investe na educação ambiental da comunidade onde estão instaladas suas unidades. O objetivo é mostrar que, apesar de ser uma empresa que usa árvores para o fabrico de papel, consegue fazer esse trabalho em sintonia com a natureza, mantendo florestas e consumindo apenas madeira certificada.
A Fundação Dedini atua há anos no desenvolvimento da primeira infância, mantendo creches e atividades com as famílias das crianças assistidas. A ArcelorMittal, gigante do aço, tem um foco muito forte na recomposição de áreas verdes, mas é, por intermédio de sua fundação, grande patrocinadora de atividades sociais e culturais.
Nesse sentido, são empresas que alcançaram um nível de grandeza respeitável, por reconhecer que existem para servir a sociedade e não servir-se dela. Esse diálogo de mão dupla é fundamental para se construir uma sociedade liberal, forte e pujante, com uma população que consiga ver a iniciativa privada como parceira, em busca do bem-estar coletivo.
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